sábado, 30 de abril de 2011

O casamento real britânico:



Roberto Shinyashiki, psiquiatra,  palestrante e autor de vários livros de sucesso, conta em um dos seus inumeros livros, uma estoria que  está sempre em minha  mente:

“O sujeito fugia de um urso e caiu em um barranco. Conseguiu se pendurar em algumas raízes. O urso  la em cima tentava pegá-lo. Embaixo, onças pulavam para agarrar seu pé. No maior sufoco, o sujeito olha para o lado e vê um arbusto com morangos. Ele pega o morango, admira sua beleza e o saboreia.

 Cada vez mais nós temos ursos e onças à nossa volta. Mas é preciso comer os morangos”.

Ontem foi o dia do casamento do principe William  aqui no Reino Unido. Este acontecimento social despertou um sentimento de união e de patriotismo numa parte considerável dos  britânicos, que se reuniram em festas, enfeitaram a cidade e suas casas com bandeirinhas, tal como uma final de copa  do mundo. A cerimônia foi muito bonita, como se  tivesse  saído dos livros de estórias infantis, com direito a carruagens, principes, princesas e toda a magia que ouvíamos quando criancas.

 É fato   que o Reino Unido   esta passando por uma fase de  austeridade econômica que está proporcionando dificuldades  financeiras  para parte da sociedade britânica. Porém é sabido  que,  apesar de ainda continuar alta a receita  da família real,   houve,  assim como todos os outros custos governamentais,  cortes .

É fato que os paises árabes e africanos, muitos deles antigas colonias britânicas , estao passando por revoltas populares devido a ditaduras que o proprio Reino Unido ajudou  a construir. E a pobreza  e os fluxos migratórios estão aumentando frente a estas questoes.

Nao podemos achar que nao temos nada a ver com tudo que esta acontecendo no resto do planeta,  visto que fazemos, enquanto humanidade, parte do mesmo sistema.Temos sim que nos indignar frente as injusticas  sociais, e se posicionar , se possível. 

“Mas é preciso  tambem  comer os morangos”.

Ligia Kaysel

quinta-feira, 21 de abril de 2011

As fases de desligamento entre pais e filhos:(acentuação deficiente)

Em maior ou menor grau, todos os pais possuem  dificuldade em “soltar” seus  filhos no  mundo. Sao várias as etapas de desligamento  entre pais e filhos, e conforme nós pais  vamos   nos acostumando com uma fase,  aumenta-se  o grau de dificuldade.

 Este processo inicia-se com  com os filhos  ficando  sozinhos  na casa de amigos, em casa,   no clube. Depois vem  as “baladas”, as namoradas(os) e as viagens com a “galera”. Mas a  mais difícil  das fases é   a saída do filho(a) da casa dos pais, pelo casamento ou pela mudanca de casa, de cidade ou de país.

Eu  tive sorte em relacao a esta  mudanca , visto que meus filhos mudaram-se de casa para residirem no exterior  portanto, se por um lado eu sentia a falta fisica dos mesmos, por outro  eu  me entusiasmava  com  o fato de eles estarem tendo  a oportunidade de viver um mundo tao novo e diferente. Foi no exterior  tambem que os mesmos passaram a conviver com suas atuais esposas, o que me fez sentir grata as mesmas por estarem “cuidando” dos meus filhos  com um toque feminino.

 A saída da casa dos pais talvez seja a mais radical das fases , mas não  a última, pois depois  vem o fato de conviver com o casal (filho e nora ou filha e genro) sem se envolver na vida dos mesmos.

Eu estou na primeira parte desta fase, visto  que  ainda nao  tenho netos, o que creio  que torne  esta fase  bem mais dificil.

A teoria de que  a solucao é simplesmente  sermos amigos  de nossos filhos é uma teoria muito simplista.  Para mim  é facil  ser amiga dos meus filhos sem  aquele sentimento  de que devo  sempre “dar  conselhos”, pois tenho  plena consciência que eles são mais experientes  do que eu em diversos assuntos. Porém as vezes  me magoo, e proporciono um  certo sentimento  de “culpa” aos meus filhos, tipo  aquela cobranca materna  básica:  “ porque voce  demorou tanto para  aparecer”?

Preciso  apreender a ser como os passaros, que cuidam de seus filhotes  enquanto pequenos e frágeis, e depois que os ensina a voar , solta-os pelo mundo, sem  amarras ou cobrancas

Ligia Kayasel


segunda-feira, 4 de abril de 2011

Berlim: (falta de acentuacao adequada)

 A historia desta cidade sempre me encantou, visto  que  por mais de 40 anos  foi dividida em duas partes  por um muro: a parte ocidental, moderna e desenvolvida e a parte oriental, comunista, pouco desenvolvida e pobre.  Em 1989,  com o fim do comunismo  e consequente queda do muro que as separava,  as duas  Berlins se unificaram, e a historia nos relata  o quão impactante foi esta fusao entre a Berlim ocidental   e  oriental.

Em visita a esta cidade após 22 anos da queda do comunismo, pude constatar que a cidade já está quase sem marcas desta fusão, a nao ser nos locais turísticos mantidos para recontar a historia.

Nos anos noventa  a  Berlim oriental  passou a ser atrativa aos chamados “yuppies” (jovens  profissionais abastados), o que originou  novas construcões   e espacos publicos. Por outro lado, localizamos bairros mais  empobrecidos (para os padrões alemães)  na parte antes considerada ocidental da cidade.

É  interessante tambem constatarmos que berlinenses já adultos (na faixa dos 30 anos),  não sabem nos informar qual parte  da cidade aquele local em que estávamos pertenceu, quão integrada está a cidade atualmente.

De uma forma geral  é uma bonita  e  vibrante  cidade, com  pontos turisticos para todos os gostos, desde shopping centers  ultra  modernos,  até campos de concentracão nazistas, onde  a morte parece estar presente.

A populacão de Berlim porém, me pareceu  muito homogênea fisicamente. A história conta que o desejo maior de Hittler era que  a maioria da populacão  mundial pertencesse a raca ariana.Felizmente isso nao aconteceu, mas acho que ele iria gostar de residir em Berlim atualmente, se  estivesse vivo.

 Ligia Kaysel