Este processo inicia-se com com os filhos ficando sozinhos na casa de amigos, em casa, no clube. Depois vem as “baladas”, as namoradas(os) e as viagens com a “galera”. Mas a mais difícil das fases é a saída do filho(a) da casa dos pais, pelo casamento ou pela mudanca de casa, de cidade ou de país.
Eu tive sorte em relacao a esta mudanca , visto que meus filhos mudaram-se de casa para residirem no exterior portanto, se por um lado eu sentia a falta fisica dos mesmos, por outro eu me entusiasmava com o fato de eles estarem tendo a oportunidade de viver um mundo tao novo e diferente. Foi no exterior tambem que os mesmos passaram a conviver com suas atuais esposas, o que me fez sentir grata as mesmas por estarem “cuidando” dos meus filhos com um toque feminino.
A saída da casa dos pais talvez seja a mais radical das fases , mas não a última, pois depois vem o fato de conviver com o casal (filho e nora ou filha e genro) sem se envolver na vida dos mesmos.
Eu estou na primeira parte desta fase, visto que ainda nao tenho netos, o que creio que torne esta fase bem mais dificil.
A teoria de que a solucao é simplesmente sermos amigos de nossos filhos é uma teoria muito simplista. Para mim é facil ser amiga dos meus filhos sem aquele sentimento de que devo sempre “dar conselhos”, pois tenho plena consciência que eles são mais experientes do que eu em diversos assuntos. Porém as vezes me magoo, e proporciono um certo sentimento de “culpa” aos meus filhos, tipo aquela cobranca materna básica: “ porque voce demorou tanto para aparecer”?
Preciso apreender a ser como os passaros, que cuidam de seus filhotes enquanto pequenos e frágeis, e depois que os ensina a voar , solta-os pelo mundo, sem amarras ou cobrancas
Ligia Kayasel
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