A ditadura invisivel das empresas multinacionais e a subserviência dos países em desenvolvimento é uma realidade na atual ordem economica mundial, porém é urgente uma mudanca neste quadro.
Para explicar melhor, pode-se citar o exemplo das multinacionais dos Estados Unidos e da europa fazerem uso da mão de obra barata dos países em desenvolvimento, estabelecendo filiais nestes países, visto que trabalhadores europeus e americanos possuem mais expendiosos salários.
Ha também o fato de empresas de diversos países em desenvolvimento exportarem seus produtos a precos mais acessíveis para a europa e Estados Unidos do que praticam em seu comércio interno pois desta forma seus lucros serao maiores. Portanto podemos encontrar nos supermercados europeus e americanos produtos alimentícios baratos, de excelente qualidade que sao plantados, criados e/ou manipulados em países africanos, latino americanos ou asiatícos. Roupas de excelente qualidade e preco que sao vendidas nestes países são fabricadas na Asia. Os atendentes de Call Center do Reino Unido estão, em grande parte, nos atendendo diretamente de escritórios na India.
Estas práticas resultam numa maior facilidade do poder de compra de consumidores europeus e americanos em comparacão aos consumidores dos paises mais empobrecidos.
A instalacao de multinacionais e consequente aumento da mão de obra, mesmo que barata porém, é bem vinda nos países em desenvolvimento. Estas empresas acabam por ter um enorme poder sobre as decisões dos países em que são sediadas. Seus governos ficam a mercê de seu poderio economico, criando incentivos fiscais e tudo o mais que estiver ao seu alcance, frente a possibilidade de geracão direta e indireta de empregos e consequente giro da economia para seus países. Porém, grande parte do lucro obtido por estas empresas é enviado para a matriz.
O estudo chamado Hipotecando o Futuro: como acordos comerciais e de investimentos entre países ricos e pobres minam o desenvolvimento, divulgado no ano passado pela Oxfam (organizacão nao governamental), constata “que 25 países pobres já entraram pelo cano e mais de 100 estão negociando tratados lesivos a si próprios, conduzidos ao matadouro seja por chantagem ou truculência da parte dos países poderosos, seja pela anuência pura e simples das administrações nacionais coniventes.”
O estudo Hipotecando o Futuro mostra ainda que “empresas multinacionais têm de 70% a 80% de participação acionária nas cinco principais redes de supermercados que operam na América Latina, e que respondem por 65% do total de vendas em supermercados na região. Estas redes gigantes revendem muitos produtos importados, e quando recorrem à produção local o fazem impondo o fornecimento de grandes quantidades e padronizações que favorecem, por exemplo, o latifúndio, em detrimento da produção agrícola camponesa e regional “ .
Mas está prevendo se uma uma nova recessão mundial, devido a dificuldade americana de pagar seus credores. A curto prazo esta é uma péssima noticia para o mundo e para os paises em desenvolvimento, mas pode ser, a longo prazo, uma oportunidade mesmo que penosa a nível mundial, para que paises mais empobrecidos possam se desenvolver, visto que os poderosos nao vão conseguir intervir tanto em suas economias.
Ligia Kaysel
Um comentário:
Como sempre, genial!!!!
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