D Angela, durante muitos anos, geriu a vida de seus filhos e suas familias, visto que os mesmos trabalhavam nos negocios de sua propriedade. Ela era dona do dinheiro, que sustentava a familia dos filhos atraves dos salarios que recebiam (pequenos salarios) e especialmente de suas “gordas” ajudas de custos. Ana revoltava se com esta situacao, apesar de usufruir, cheia de culpa, das gordas ajudas de custos.
Nos ultimos tempos porem, a dinamica familiar se alterou, mas a violencia psicologica da matriarca em relacao aos seus filhos e agregados demorou mais tempo para terminar .
Porem a vida e cheia de surpresas, e muitos anos depois, o filho de Anna retorna de uma temporada de diversos anos no exterior, casado com uma brasileira filha de pais com excelente situacao financeira. O pai da garota presenteia o casal , logo na chegada, com um apartamento mobiliado e uma recheada conta bancaria para ambos, para as “primeiras necessidades” . Com pesar, Ana ve semelhancas entre sua experiencia com a familia de seu marido e a experiencia que seu filho poderia ter, pois sabia que tudo nesta vida tem seu preco, e que o preco de alguns luxos podem ser muito mais alto do que se imagina a primeira vista.
Mas como tudo acontece na hora certa, na epoca da chegada do seu filho , Ana estava de mudanca para outro pais, o que fez com que pelo menos nao tivesse que presenciar aquela situacao no dia a dia.
Passados 4 anos, Ana retorna ao Brasil, temerosa em conhecer “ao vivo e a cores” o cotidiano do seu filho e sua esposa.
Anna porem gostou do que encontrou, sentiu no casal companheirismo e amor , com autonomia e independencia financeira.
Talvez suas vivencias pessoais tenham interferido na sua maneira de ver o casamento de seu filho. Ou talvez o seu filho, depois de ouvir por tanto tempo a mae falar sobre os problemas gerados por uma familia que depende fianceiramente da outra, esteja tentando fazer diferente.
Ligia Kaysel
Um comentário:
Lígia, li ontem, assim que recebi seu e-mail, e reli hoje todo seu blog.
Confesso que me é um pouco estranho ver a Lígia, quietinha e meiga que tive a honra de conhecer nos tempos do colégio, em uma "aventura" deste porte junto com seu eterno maridão Guilherme, que conheci realmente apenas em 2006 no nosso segundo re-encontro na chácara da Cláudia e, um pouco antes, no nosso encontro particular junto com nossos eternos amigos Aglaê e Hélio.
A riqueza de vida que está colhendo para seu interior é imensurável e eu admiro você e o Guilherme pela empreitada, à esta altura de suas vidas.
É deliciosa a forma como escreve, sentimentos parecem que transpiram a cada parágrafo.
Um grande abraço à vocês e, de coração, desejo-lhes um 2011 completo em todos os sentidos.
Desejo que encontrem o que procuram e que se realizem plenamente com tudo o que encontrarem.
Saudades distantes!
Postar um comentário