segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Morar num barco:( sem acentuacao)


Residir perto do mar sempre foi um sonho meu e de meu marido.Houve uma epoca em que quase  nos mudamos para Ubatuba/SP, mas na ultima hora nao deu certo.

 Entre 2008  e 2009  estavamos morando em Londres, numa regiao linda, perto do rio Tamisa, chamada Kingston-upon-Thames. Costumavamos fazer caminhadas  nas redondezas do rio, e fizemos tambem naquela epoca,  diversos passeios de barco em varias partes do Tamisa.

Entao me veio uma ideia. Por que nao residirmos dentro de um barco no Tamisa, como diversas pessoas  aqui fazem?

Ha diversos barcos estacionados nas margens do rio que sao residencias, as pessoas tem inclusive que pagar o Council Tax (nosso IPTU). Pesquisando a respeito, descobri que  a maioria dos residentes eram proprietarios de seus proprios barcos, mas havia  uma imobiliaria especializada (ou mais de uma talvez) em alugar este tipo de residencia, porem a procura era maior do que a oferta, portanto nao havia barcos residencia disponiveis prontamente, tinhamos que nos inscrever e esperar que vagasse algum com as caracteristicas que desejavamos (para 2 pessoas, pequeno).Estes barcos alugados ja vinham com sistema de aquecimento central, agua, luz e , num preco razoavel, se bem pequenino.

Comecamos a reparar entao, quando passeavamos pelos parques que circundavam o Tamisa, como viviam estas pessoas. Eram geralmente na faixa entre 40 e 60 anos (talvez possuam muitos jovens residindo assim tambem, mas nao  os vimos),possuiam sempre muitas plantas em cima e nas varandas dos barcos, alguns inclusive possuiam um “quintal” isto e, uma pequena parcela de terra na margem do rio, onde eles cercavam e  plantavam hortas e/ou criavam cachorros.Eu via tudo aquilo maravilhada.

Mas ao mesmo tempo, comecamos a perceber que  a noite aqueles lugares, na maioria das vezes, nao eram muito iluminados  e mesmo sendo, eram  sempre cercados por parques , o que poderia  ser  perigoso.

Quando o inverno chegou, percebemos entao o maior incoveniente para nos, o frio que fazia , por mais aquecido que devesse ser la dentro do barco.

Quando a imobiliaria nos contatou sobre o 1* barco nas condicoes em que  desejavamos, nos ja tinhamos mudados de ideia (quer dizer, meu marido muito antes de mim),e ja estavamos procurando um imovel para morarmos sozinhos, mas em terra firme.

Ligia Kaysel.

Nenhum comentário: